O alto-falante da sala de embarque do aeroporto começa: “Atenção, clientes.” Dá o número do seu voo e o do portão no qual o avião está. Pede aos passageiros que tenham em mãos o cartão de embarque e um documento com foto. Porém, há pessoas que trazem algo a mais: o medo de avião.
Alguns desistem de última hora, e há ainda quem nem pense em participar da viagem. Mas por que isso acontece? Quais os sintomas? Como enfrentar e vencer o medo de subir aos céus?
Identificando o medo
Entre os especialistas em saúde mental, o medo particular de avião tem um nome especial: aerofobia. Pessoas que sofrem disso sentem um desconforto quase insuportável ao estar ou mesmo se imaginar em uma aeronave.
A aerofobia é uma forma de transtorno de ansiedade. Tem sinais em comum com outros medos e fobias. Entre os sinais físicos estão: suor intenso, tremores, coração acelerado, enjoo, vômitos. Já os traços mentais incluem irritação, tontura, desorientação, nervosismo e pensamento sem clareza.
Mas nem sempre o voo é a única causa do medo. Pode ser que os sintomas estejam relacionados a qualquer lugar fechado (claustrofobia) e/ou público (agorafobia). Também é possível que a fobia seja de alturas (acrofobia) ou mesmo de estar entre outras pessoas (antropofobia). Nesses casos, a ansiedade tende a ser mais forte.
E não são só as fobias. O medo pode vir de outros fatores psicológicos, como traumas de outros voos, e também de alguns físicos, como sinusite e sensibilidade a zumbidos no ouvido.
Procure ajuda!
Não se desespere: nada está perdido. O medo de voar tem tratamento. Para isso, o primeiro passo é reconhecer que precisa de ajuda.
Se os sintomas causarem grande desespero, é importante procurar o psicólogo ou psiquiatra. Esses profissionais podem medir o tamanho do medo e indicar tratamento por terapia ou remédios.
O psicólogo é fundamental no tratamento, em especial se o medo tiver relação com outras questões, como os traumas. A terapia individual, cognitivo-comportamental ou de grupo tem grande potencial de ajuda. Outra forma de tratamento é se expor aos poucos àquilo que causa o medo. Sobre remédios, o paciente pode usar aqueles para aliviar a ansiedade.
Mas e se os sinais aparecerem já no aeroporto ou no avião? A dica é comunicar aos comissários de bordo e outras pessoas próximas e procurar manter a calma.
Se precisa de ajuda, conte com a UNIICA. E boa viagem!
Fontes de referência: VivaBem, Melhores Destinos, Dr. Daniel M. Rockenbach, Unimed Teresina, Psicoativo