A dependência química é um tema do qual já tratamos aqui no blog. Vamos então ver mais sobre uma de suas consequências: a crise de abstinência.
Como a abstinência acontece?
Nosso cérebro possui um sistema de recompensa. É nele que atuam os hormônios do bem-estar, como a serotonina, dopamina e endorfina. Ao se consumir álcool ou drogas, ocorrem alterações nesse sistema.
O cérebro se adapta a essas substâncias, agindo como se elas sempre estivessem presentes. Assim, a pessoa sente necessidade de usá-las. E, se não o faz, os estímulos nervosos dão início à crise de abstinência.
Os sintomas
São muitos os sintomas da síndrome de abstinência. Eles variam de acordo com o estado de saúde do dependente. Aqui estão alguns dos mais notáveis:
- indiferença;
- delírios;
- irritação fácil e agressividade;
- confusão mental;
- alterações no sono;
- aumento do apetite;
- problemas de memória;
- alterações no movimento;
- sensibilidade excessiva ao estresse.
Como tratar a dependência?
Seja qual for a substância causadora, vários profissionais devem conduzir o tratamento da abstinência. O psicólogo poderá trabalhar junto com o psiquiatra. Neurologistas e clínicos gerais estão também qualificados para tratar desses casos.
Uma das formas de tratamento é o uso de remédios. Antes de escolhê-los, é necessário avaliar o nível de dependência do paciente.
A terapia com o psicólogo serve de complemento ao trabalho do psiquiatra e aos remédios. O objetivo das sessões é devolver ao dependente o equilíbrio emocional, para que seja mais fácil superar o vício. Algumas formas de terapia são a cognitivo-comportamental, a de grupo e a familiar.
Por fim, é preciso realizar a desintoxicação. Os remédios e o psicólogo podem ajudar nesse processo. Mas o ideal é que ele seja feito em um hospital, com toda a estrutura necessária.
Se tiver dúvida sobre o caso de alguém que conhece, conte com a UNIICA!
Fontes de referência: Grupo Recanto, Inpa, Casa Despertar, Hospital Santa Mônica, Dr.ª Karine Cunha