Segundo a edição 2021 da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, 11,3% dos brasileiros disseram ter descoberto a depressão. O número é mais que o dobro do que a OMS aponta para o país: 5,3%. E tem mais: o percentual de depressivos é maior que o de diabéticos, 9,1%. É possível que as mudanças causadas pela pandemia da covid-19 tenham papel nesse número.
Aumento no número real
Diz-se que a depressão é uma doença “silenciosa”, por não ter um padrão de diagnóstico e tratamento. É também um assunto tabu: alguns ainda pensam que é uma simples tristeza ou mesmo frescura. Daí, muitos casos acabam não entrando em dados oficiais, pois as pessoas não os descobrem.
Porém, isso está mudando. Com a redução dos preconceitos e as melhorias nos diagnósticos, ficou mais fácil saber qual o número real de casos. Mas não podemos descartar a chance de que haja muitos diagnósticos errados.
Assim, além do isolamento e das mudanças na rotina, vale observar outras causas que o Vigitel encontrou. Segundo a pesquisa, 48,2% da população – quase metade – faz menos atividades físicas do que o recomendado. Já o abuso de bebidas alcoólicas chega a 18,3%, quase 1 em cada 5 pessoas.
Informações importantes
Fique atento aos sintomas da depressão. Está triste e não quer passar? Desanimado? Sem vontade até de fazer coisas de que gosta? Sente tudo isso junto com ganho ou perda de peso, cansaço e falta ou excesso de sono? Pode ser a hora de procurar ajuda.
O mais comum é que psicólogo e psiquiatra trabalhem juntos. Primeiro, perceba que os casos são diferentes para cada pessoa.
Sendo assim, o psiquiatra escolhe o remédio de acordo com o perfil do paciente. O psicólogo, por sua vez, buscará entender de onde vem o problema. Poderá também fazer terapia, sendo a cognitivo-comportamental uma das que mais se usam. Acupuntura e musicoterapia, segundo estudos, podem também ajudar no tratamento.
Mas nunca é demais lembrar: é melhor prevenir do que remediar. Cuide da sua comida: prefira frutas, vegetais, peixes e outros alimentos com antioxidantes e gorduras boas. Faça atividades físicas, ao menos três vezes por semana. Não deixe também de ler, aprender algo novo e fazer coisas divertidas. Deixe sua cabeça livre de preocupações e pensamentos ruins.
Fontes de referência: VivaBem, Zenklub, Correio Braziliense, Veja Saúde