A palavra vício vem do latim vitium, que significa falha ou defeito. Segundo o dicionário Aurélio, vício é quando algo se torna ruim ou estragado. Pois bem, chama-se vícios aos maus hábitos que algumas pessoas têm. Você deve saber quais são, pelo menos alguns, certo?
Mas cuidado. Há dois erros comuns ao se definir vício.
Um desses erros é confundi-lo com dependência. Enquanto um viciado é capaz de perceber os males que um hábito pode trazer, um dependente se torna escravo do hábito, sentindo necessidade de mantê-lo.
Evite também associar o conceito de vício apenas ao álcool e às drogas. Existem outros tipos, como vício em tecnologia, jogos de azar e remédios.
Álcool
Mas vamos começar mesmo por esses dois hábitos mais lembrados. Primeiro, o álcool. Cerveja, vinho, uísque e tantas outras bebidas conhecidas e consumidas por muitos. Segundo um estudo da OPAS e da OMS publicado em abril de 2021, 85 mil pessoas por ano morreram apenas pelo consumo de álcool, no período de 2013 a 2015.
E de onde vem esse vício? Ele pode ter origem em problemas emocionais, como angústia e insegurança. Outras causas possíveis são o fácil alcance do álcool, a genética e a vontade de se fazer amigos ou ser aceito em um grupo.
A única forma de prevenção real ao alcoolismo é evitando completamente as bebidas alcoólicas. Mas, se não quiser, ao menos siga a famosa frase no fim dos comerciais de bebidas: beba com moderação.
Drogas
Vamos agora falar do tabaco e outras drogas. Diz a OMS que uma em cada cinco pessoas fuma cigarro no mundo todo, e que 7 milhões de pessoas por ano morrem por não conseguirem se livrar do hábito. Também merecem destaque a maconha, a heroína, o crack e a cocaína. Todas essas substâncias viciam por causa da sensação de prazer que provocam.
Algumas dicas para evitar o vício são:
- participar de atividades na comunidade,
- ter alimentação equilibrada;
- dormir bem;
- fazer exercícios físicos;
- conversar com as pessoas queridas sobre suas preocupações.
Tecnologia
E chegamos a um vício que é muito atual: a tecnologia. Jogos eletrônicos, celulares, computadores etc.: muitos hoje não podem viver sem tudo isso, ou pelo menos parte disso. Mas muitas dessas coisas facilitam nossas vidas, certo? Então por que fazem mal?
Nenhum exagero faz bem. No caso da tecnologia, o excesso traz prejuízos pessoais como insegurança, ansiedade, estresse e insônia. Também podem aparecer problemas na relação com outras pessoas, quando se fica “preso” ao mundo virtual.
Além de problemas mentais e emocionais, a sensação de satisfação pessoal causada pelas redes sociais é outra causa do vício em tecnologia. Aquela vontade de ganhar curtidas e comentários publicando sobre o casamento, a festa de aniversário, a última viagem etc.
Use a tecnologia a seu favor e com cuidado. Não fique muitas horas na frente de uma tela. Se estiver estudando ou trabalhando, deixe seu celular no silencioso.
Conhece alguém que tem algum vício ou dependência? Procure um psicólogo ou psiquiatra e comente o problema.
Fontes de referência: Telavita, Dicio, Prev-One, Grupo Reconduzir, Grupo Recanto, Casa Despertar, Inca, Viver Sem Drogas, Estado de Minas, VivaBem