Você conhece alguém que sofre de gagueira? Talvez algum personagem de ficção, como o Gaguinho. Mas saiba que esse distúrbio da fala é mais comum do que parece?
O que acontece?
Os sinais mais conhecidos de gagueira são a repetição ou prolongamento de sílabas e bloqueios na fala. Além disso, podem simplificar frases e dizer coisas como “hum”, “hã” e “né” entre uma palavra e outra.
Todos esses transtornos na fala podem trazer frustração, constrangimento, ansiedade e afastamento de grupos sociais. A pessoa atingida pode ter também sinais secundários, como tiques e caretas, e pode vir até tensão nos músculos.
Tipos e causas
Existem dois tipos conhecidos de gagueira. Um deles é a adquirida, um tipo raro que pode vir de algum prejuízo ao cérebro, como AVC ou traumatismo craniano.
Já o outro, a gagueira do desenvolvimento, não tem causa conhecida. Geralmente, surge entre os 2 e 5 anos.
Entre fatores que podem favorecer o surgimento do distúrbio de fala, segundo pesquisas, podemos destacar:
- genética: estudos recentes detectaram genes alterados que estão ligados a 10% dos casos em famílias. Os pesquisadores ainda não conhecem bem a relação entre esses genes e a gagueira.
- fator social: por exemplo, quando uma criança predisposta está em um ambiente muito agitado, ou ao lado de pessoas que falam rápido.
Vale ressaltar, não há prova de que problemas mentais e emocionais levam à gagueira. Mas eles podem piorar a condição em quem já a tem.
Descobrindo e tratando
Primeiro, perceba que gaguejar não é necessariamente sinal de algum problema. Todos podemos ter algum grau de gagueira em certos momentos da vida. No caso das crianças, isso pode ser apenas um sinal de que elas estão desenvolvendo a linguagem oral.
Não existe atualmente um procedimento padrão para definir o diagnóstico de gagueira. De modo geral, o fonoaudiólogo é o responsável por descobrir o transtorno. O fator mais comum para tal é quando, por 6 meses ou mais, a criança sabe que tem problema na fala. Também é preciso procurar o profissional se a gagueira começa com a pessoa já adulta.
Descobrir quanto antes e iniciar logo o tratamento é essencial para a gagueira não se tornar crônica. Com isso, a criança terá chance de 98 a 100% de cura.
Há uma série de formas de tratamento para essa condição. Várias delas trabalham a fala do paciente e podem servir para regular a respiração.
Sobre remédios, não há hoje um específico para gagueira. Porém, alguns remédios que agem no sistema nervoso central podem ajudar a controlá-la.
O psicólogo também pode ser útil no tratamento. Com sua ajuda, o paciente pode reconhecer e lidar com o estresse, ansiedade e outros sentimentos que vêm com o distúrbio na fala.
A informação é o melhor remédio!
Fontes de referência: VivaBem, Brasil Escola, Drauzio Varella, Minha Vida