É bem possível que você já tenha ouvido falar sobre TDAH. Mas você sabe o que é? A UNIICA preparou um texto especial para te contar algumas das principais informações sobre essa doença crônica, que inclui dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Mas afinal, o que é?
TDAH é a sigla para transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. É um distúrbio mental marcado por falta de atenção, de sossego e pelo hábito de agir sem pensar.
Tipos e sintomas
Segundo o DSM 4, manual de doenças mentais criado nos EUA, há três tipos de TDAH. Ele pode ter foco na falta de atenção, na hiperatividade, nos atos impulsivos ou ser uma combinação de tudo isso.
Se o foco é na desatenção, é mais difícil se concentrar em um assunto em especial. Além disso, a pessoa:
- Não consegue organizar atividades ou seguir instruções.
- Pode saltar de uma tarefa a outra, sem terminar o que começou.
- Distrai-se facilmente. Esquece o que ia fazer ou onde colocou suas coisas.
- Não presta atenção em detalhes.
- Demora para iniciar suas tarefas.
- Comete erros por puro descuido ou distração.
Tudo isso pode atrapalhar o aprendizado e a vida profissional.
Se o principal é a hiperatividade, o paciente:
- É inquieto, agitado e fala demais.
- Quase não consegue participar de atividades que não exigem movimento.
- Tem dificuldade de se manter em silêncio em trabalhos ou brincadeiras.
Por fim, quem tem o transtorno focado na impulsividade:
- É impaciente.
- Age e fala sem pensar.
- Não consegue ouvir perguntas até o fim.
- Intromete-se em assuntos, conversas e atividades de outros.
Possíveis causas
O TDAH é um dos distúrbios mentais mais estudados no mundo. Hoje, sabe-se que ele tem origem em uma combinação de fatores.
Um deles é a genética. Se alguém tem o transtorno, há grande chance de um filho e/ou outro familiar também ter. Além disso, segundo estudos, 6 entre 10 crianças com TDAH tinham um dos pais com a condição. Vale ainda destacar que parentes de pessoas com TDAH têm 5 vezes mais chance de tê-lo do que aquelas sem casos na família.
Também mudanças no cérebro têm seu papel. Pesquisas mostram que acontecem alterações na região frontal, responsável pela atenção, organização, memória e pelo controle de si mesmo.
Finalmente, vale observar os fatores ambientais. Estudos concluíram que crianças nascidas com menos de 1.500 gramas têm entre 2 e 3 vezes mais chance de ter TDAH. Além disso, há muitos outros fatores que podem levar ao transtorno. Entre eles, infecções, álcool na gravidez e falta de cuidado pela família. Aqui te contamos 10 dicas para diminuir o álcool em sua vida.
Diagnóstico e tratamento
Descobrir o transtorno é um processo clínico. Note que os sintomas devem aparecer já na infância. A idade ideal para observá-los é até os 7 anos. Além disso, é preciso que eles se manifestem em pelo menos dois lugares – casa, escola, lazer, trabalho – por ao menos 6 meses.
Feito o diagnóstico, a base do tratamento é terapia com o psicólogo e uso de remédios. Os mais usados são estimulantes com efeito calmante. Eles diminuem a hiperatividade e os atos impulsivos, além de melhorar as capacidades afetadas.
Mudanças nos hábitos também podem ajudar. Na alimentação, a dica é diminuir cafeína e açúcar. Além disso, há estudos que mostram que exercícios como natação e corrida podem melhorar as habilidades mentais.
Trata-se de uma condição hoje incurável. Porém, com o passar dos anos, os sintomas podem até diminuir sozinhos.
Procure o clínico e descubra o melhor tratamento para você ou sua criança. Conte com a UNIICA!
Fontes de referência: Drauzio Varella, Zenklub