Há um velho ditado que diz: a grama do vizinho é sempre mais verde. E quem nunca sentiu isso? Quem nunca se chateou por pensar que sempre alguém tem algo melhor? Uma casa mais espaçosa, um carro mais moderno.
Mas por que, exatamente, sentimos isso? De onde vem essa vontade de querer mais do que aquilo que já temos – e, mais que isso, a raiva do outro que tem o que gostaríamos?
Antes de qualquer coisa, devemos perceber que isso é natural. Todos nós sentimos inveja em algum nível. O problema é quando esse nível é muito alto e gera ódio e o desejo do mal do outro. Isso pode ser um sinal de narcisismo, isto é, de se achar muito importante e superior aos outros e querer atenção, admiração e reconhecimento o tempo todo.
Inveja, ciúme e cobiça
Cuidado! Não confunda inveja com ciúme ou cobiça. Existem diferenças entre eles.
Ciúme é o medo de se perder algo ou alguém que se acredita ser só seu. Por exemplo, seu melhor amigo, seu namorado, ou algum objeto.
A cobiça é parecida com a inveja. A diferença é que não se sente prazer na desgraça do outro, apenas o desejo de se ter o que ele tem.
Mais uma vez, ter inveja é ter ódio da pessoa que tem aquilo que você quer, e daí querer o mal dessa pessoa.
Afinal, por que temos isso?
A resposta é simples: o ser humano é um ser social. Desde que nascemos, aprendemos a conviver com os outros e a observá-los. E assim aprendemos também sobre as diferentes formas de viver, pensar e agir, construindo a nossa própria identidade a partir do que vemos.
Porém, justamente por conta das diferenças, dos vários estilos de vida, é natural nos compararmos com os outros. E é daí que nasce a inveja.
Como evitar que vire algo negativo e tóxico?
O remédio é cuidar bem da sua autoestima. Você pode seguir estas cinco dicas:
- Aceite a inveja: fique atento aos sinais. Está difícil sentir algo de bom com o que acontece na sua vida? Só consegue ver coisas ruins? Você pode estar com inveja. Não se sinta mal em assumir que a tem e precisa tratá-la.
- Não se humilhe para os outros: ao olhar para as qualidades e defeitos do outro, perceba também os seus próprios. Lembre-se: ninguém é perfeito. Todos nós temos falhas e dificuldades.
- Seja fiel aos seus valores: antes de desejar ser igual a alguém, pense se os seus valores e seu modo de vida são iguais aos dessa pessoa. Seja sempre você mesmo. Ninguém é igual a ninguém.
- Não tente mudar o que não pode: se não está contente com seu emprego ou o lugar onde mora, você pode mudar isso. Porém, algumas coisas não escolhemos, como a cidade em que nascemos ou a família à qual pertencemos. Procure observar o lado bom do que não pode mudar.
- Cuide de suas emoções: alimente seu amor-próprio. Conheça a si mesmo. Perceba o quão especial você é. Sua história é só sua e de mais ninguém.
E, se estiver precisando de ajuda, pode contar com a UNIICA!
Fontes de referência: VivaBem, Inpa, SBIE