Dependência química: o que é e como tratar

A dependência química é o conjunto das consequências, físicas e mentais, de substâncias perigosas ao nosso corpo. Podem ser substâncias permitidas por lei (ex.: álcool, fumo) ou proibidas (ex.: maconha, cocaína, crack). Pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 12,4 milhões de brasileiros sofrem desse mal.

Os sintomas nem sempre são fáceis de se identificar, pois só vão aumentando à medida que a pessoa faz uso das substâncias. Alguns deles são:

  • fissura ou craving: é a vontade descontrolada de se usar algum tipo de droga, a qual aumenta conforme o uso da substância;
  • dificuldade em controlar o uso: a pessoa sente que precisa usar a droga cada vez mais. Isso é consequência da fissura, pois a pessoa não tem consciência da quantidade usada da substância;
  • síndrome de abstinência: quando o dependente fica sem usar a droga por algum tempo. Acontecem mudanças repentinas de humor e sintomas físicos, como tremores, enjoo e alucinação. Tudo isso pode até matar, do coração, de desidratação ou pelo conjunto dos fenômenos;
  • tolerância aumentada: a pessoa sente que precisa das drogas para ser feliz e assim se torna mais aberta ao uso delas. A quantidade utilizada vai aumentando e as consequências vão ficando mais perigosas;
  • mudanças de comportamento: o doente se afasta dos amigos e passa a se relacionar com outras pessoas. Além disso, assume e se expõe a riscos, mente sobre o consumo de drogas e abandona interesses pessoais.

Como tratar

Existem várias formas de tratamento para a dependência. Não é fácil buscar orientação, pois é comum que haja negação e falta de apoio. As opções mais indicadas são:

  • tratamento terapêutico: um profissional especializado (psicólogo, psiquiatra) avalia o paciente e define o tratamento de acordo com as necesssidades;
  • desintoxicação: a eliminação das substâncias tóxicas e a redução de seus efeitos colaterais exigem um cuidado especial. É necessário assistência médica em todo o tratamento e se recomenda a internação;
  • dinâmicas em grupo: é a troca de experiências com amigos e familiares. Ajuda o dependente a conhecer e entender as dificuldades de cada um;
  • terapia ocupacional: atividades artísticas, como desenho, pintura e música, melhoram a forma como o paciente vê a si mesmo. Assim, é mais fácil se reintegrar à sociedade, ter mais autoconfiança e se sentir melhor;
  • atividades físicas: têm uma série de benefícios, como a liberação do hormônio do bem-estar.

Como prevenir

Há três níveis de prevenção à dependência:

  • primária: evitar ou retardar o contato com as substâncias;
  • secundária: no caso de uma pessoa que já usou alguma droga ou já faz uso moderado, evitar o aumento do consumo;
  • terciária: feita normalmente em pessoas que já são dependentes, pensando em todo o processo de tratamento. A ideia principal é incentivar o paciente a buscar ajuda de profissionais e familiares, evitar recaídas durante a terapia e ajudar na reintegração social.

Se conhece alguém que tenha sinais de dependência, entre em contato com a UNIICA. Ligue (41) 3271-5855 ou envie e-mail para contato@uniica.com.br (UNIICA com dois is).

Fontes de referência: Hospital Santa Mônica, Terra, ISSUP, Iluminare Espaço Terapêutico

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