No mês passado, a atriz Camila Queiroz disse a uma revista que teve um episódio de síndrome do impostor. Vamos ver o que é isso.
O termo surgiu em 1978, criado por duas psicólogas norte-americanas. De forma básica, é um sentimento de pessimismo sobre si mesmo. É quando uma pessoa tem medo de que outros pensem que ela é uma fraude intelectual, por mais talento que tenha. No caso de Camila, o pensamento foi de que ela não tinha preparo para ser musa de uma escola de samba.
Não há consenso sobre a origem da síndrome. Mas já existem pesquisas que dizem que ela vem da vida em família, do excesso de cobrança e/ou do alto nível de críticas recebidas.
Os principais sinais
Não pertinência: é comum que uma pessoa com a síndrome sinta que não merece estar onde está. Essa sensação de não pertencimento leva a pessoa a querer ficar longe de um grupo.
Procrastinação: por estar inseguro sobre as tarefas a se realizar, o indivíduo tende a adiá-las. Nesse caso, é necessário entender o motivo do adiamento, para saber se é mesmo um sinal da síndrome.
Autossabotagem: é quando a pessoa dá um jeito de fugir de uma experiência na qual não acredita que se sairá bem. Com isso, perde muitas boas chances e se sente arrependida de forma regular.
Autodepreciação: viver falando mal de si mesmo é outro sinal importante. Mais que isso, a síndrome pode levar a pessoa a gostar menos de suas próprias características e qualidades, ficando assim amargurada e tóxica consigo mesma.
Ingratidão: fica muito difícil aceitar elogios dos outros. A pessoa rejeita e contraria os comentários positivos. Assim, tem mais dificuldade em se sentir bem com o reconhecimento que recebe.
Autocrítica excessiva: é normal e aceitável que alguém pense no que fez e trace uma análise crítica. Porém, quem tem a síndrome do impostor acaba fazendo isso além da conta e da realidade. Como se não acreditasse que pode aprender com os erros e estivesse sempre castigando a si mesmo.
Comparação: é o sinal mais importante. É quando o indivíduo só vê qualidades nos outros, nenhuma em si mesmo. Daí vem uma busca sem fim por uma perfeição a que nunca se chegará. Fica comum que a pessoa compare a própria vida com a dos demais.
O que fazer?
Segundo a neuropsicóloga Keli Rodrigues, do Grupo Med Mais, há 4 dicas de diminuir os problemas que vêm com a síndrome:
- verificar se é possível comprovar o pessimismo sobre si mesmo;
- avaliar o próprio trabalho com um olhar técnico e de dentro para fora;
- fazer uma pesquisa de satisfação com os clientes ou chefes;
- pedir um feedback a alguém que tenha contato com seu trabalho.
Mas, a dica mais importante está na ajuda profissional. Procure seu psicólogo. Ele trabalhará a visão que você tem de si mesmo. E assim o ajudará a reconhecer suas capacidades e competências.
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Fontes de referência: VivaBem, IPOG, Na Prática, Tua Saúde