Nem tudo é folia

folia

Neste final de semana o país cairá no samba. Milhares de brasileiros e turistas vem ao Brasil para desfilar, dançar e brincar as músicas de carnaval. Seja na Sapucaí, com os bonecos de Olinda, nos Blocos em Salvador, ou nas demais festividades deste país, todos querem é se divertir. Infelizmente a maioria das pessoas correlacionam diversão com ingestão de álcool.

Em nossa cultura popular as festividades são patrocinadas, propagandeadas e comemoradas com uso de bebidas alcoólicas. Tal fato serve de motivo para abusos por usuários esporádicos e facilita recaídas de pessoas com dependência.

Para ambos os grupos, o álcool traz consequências. Ao usuário pontual traz atitudes inconsequentes e exposição a riscos pessoais e aos dependentes a prorrogação do vício e os malefícios advindos de tal.

Os principais eventos traumáticos relacionados ao uso do álcool são os acidentes de trânsito, exposição sexual, envolvimento em discussões/agressões e o consumo de outras substâncias.

A intoxicação aguda do álcool implicará no surgimento de sintomas físicos caracterizados por náuseas, cefaleia, mal estar, diarreia, vômito e perda de apetite. Sintomas esses descritos como ressaca. Com isso, há clara perda de funcionalidade, insônia e leve sintomatologia depressiva. A diferença do abuso pontual para a dependência da substância se dá na recorrência dos episódios, nos danos pessoais e profissionais e na exacerbação dos sintomas físicos e psíquicos.

Aprender a dizer não, ter maior autocontrole e buscar não frequentar festas são os principais mecanismos de defesa para prevenção ao uso. Aos mais capazes: temperança neste período de folia.

Dr. João Luiz da Fonseca Martins é Médico Psiquiatra e Responsável Técnico da UNIICA – Unidade
Intermediária de Crise e Apoio à Vida

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